terça-feira, 30 de agosto de 2011

Duas faces

Não arrependo-me das palavras ditas, das palavras feitas. Mas me dói saber que saíram de ti...


No pranto  a dor distrai a mente, que por minutos de sutileza gritante, faz do interior o inferno da desilusão. Conflito-me comigo mesma, em alma de calor e dor, de perversa dor. A qual tão grande é que faz-me sentir como em um quarto negro sem oxigênio. Me falta ar. Me falta prudência. E fugaz, desmembra de mim dois lados da face em que eu acreditava, as quais  grudadas eram. Desmembra o inseparável. O que eu não podia separar. E por não poder, sofri.
Sofri  com o peito queimando em gelo, derretendo em fogo, desordenando o que era  ordenado, o que aqui estava, e ainda hoje persiste nem por razão, nem por escolha, mas persiste.